segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Entrevista ao Jornal A Crítica

Quero começar agradecendo à Rede Calderaro de Comunicação por mais uma vez ceder seu espaço a este médico que vos escreve. É muito bom poder me dirigir ao público em geral por meio que goza de tanta credibilidade. Melhorx é poder levar um pouco do meu conhecimento adquirido em longos 15 anos de estudo... de especialização contínua.O tema abordado tratava dos cuidados a serem tomados por qualquer pessoa que demonstra interesse em iniciar uma atividade física regular. O foco maior será sempre a prevenção e, por isso, tais cuidados são tão importantes.Exame médico completo (clínico e laboratorial, além de radiológico) e especializado são muito importantes e necessários, começando o processo que termina com a supervisão da atividade física em execução, realizada por um profissional habilitado em preparação física.Consulte sempre um especialista... use equipamentos adequados à SUA realidade e não os "da moda"... Inicie as atividades, e as mantenha, sempre sob supervisão especializada... ESSA É A SOLUÇÃO!!!Não perca tempo com o interesse no médio ou curto prazo... os problemas se farão presentes!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Reconstrução ligamentar sob navegação - O futuro agora!!!

Prof. Dr. Jean-Claude Panisset 



Muitos são os conhecimentos por nós adquiridos nesta breve estada com as "mentes pensantes" da ortopedia na França. Uma nova realidade nos foi diariamente apresentada e uma verdadeira revolução nasceu em nossas mentes, idealizando tudo aquilo que poderemos levar e introduzir na conduta clínico-cirúrgica, seja pessoal ou coletivamente.
Constatar as enormes vantagens do sistema atual de navegação, seja em artroplastias ou  em reconstruções ligamentares do joelho, tornando o procedimento mais seguro, pelo controle milimétrico dos resultados durante todo o ato operatório, foi realmente inspirador. E o melhor é saber que essa tecnologia já está o nosso alcance.
Acompanhar uma reconstrução ligamentar e poder controlar, no per-operatório, os "footprints" ou "alvos" anatômicos de origem e inserção, é sensacional. Torna visível e palpável a importância, tão difundida pelos franceses, de uma reconstrução anatômica, e não só isométrica. Tais cálculos incluem um possível restabelecimento das duas bandas, apresentando-as sequencialmente no sistema. Mas melhor do que tudo isso é, após a implantação do enxerto e fixação, podermos controlar o quanto há, em milímetros, de instabilidade residual ântero-posterior e rotatória, sendo esta última o maior motivo de discórdia entre as escolas francesa e americana. Eis a constatação milimétrica do que antes parecia só uma teoria pouco exequível.
Os conceitos antes aplicados apenas em artroplastias são agora nos apresentados como uma solução também nas reconstruções ligamentares!!! Isso é uma revolução!!!
A ortopedia, seja onde for, depois de tais aquisições, nunca mais será a mesma!!!
Voltamos ao Amazonas com a certeza de levarmos na bagagem algo de significativa importância e que tornará nossa ortopedia ainda mais valiosa e atualizada... a TODOS!!!

Un grand merci aux professeurs de français pour leur amour et attention!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

FRANÇA - Centro Mundial de Excelência em Ortopedia!!!

 Dr. Jean-Claude Panisset
Prof. Dr. Jean-Pierre Carré e Dr. Hervé Chavanne 

Dr. Thierry Gaillard 

Muito difícil descrever o que aconteceu nesses últimos dias com esse ortopedista que vos escreve...
Não há como quantificar os ganhos à minha formação profissional...
Estar na França e ver o quanto seus médicos ortopedistas, assim como suas empresas especializadas em desenvolver e aprimorar equipamentos, trabalham sinergicamente para tornar procedimentos cirúrgicos mais seguros, precisos e fáceis a todos nós, espalhados pelo mundo... foi acima de tudo uma grande HONRA!!!
A revolução começa quando nos deparamos com a organização profissional e quase militar dos serviços médicos!!!
Hospitais que mantém 18 salas cirúrgicas em constante funcionamento; Pessoal altamente treinado e ágil, com vários anos de serviços prestados, fazendo seu serviço sempre com um nível invejável de excelência. São eles: enfermeiras, técnicos em instrumentação cirúrgica, técnicos em enfermagem, dentre outros; Presença frequente e ininterrupta de representantes das empresas idealizadoras e desenvolvedoras de produtos ligados à ortopedia, seja em ambiente extra ou intra-hospitalar; Sinergismo completo entre necessidades médicas e disponibilidade por parte dessas mesmas; Departamentos de pesquisa funcionantes e presentes nos mais diversos setores, transformando aquilo que se imagina em realidade; Grande qualidade de instalações físicas, seja no serviço público ou privado; Docência ativa e comprometida não só com o ensinamento habitual, mas também com o desenvolvimento e aprimoramento... assim como diversas outras coisas.
Como não agradecer aos Doutores Jean-Pierre Carré (ex-chefe do Serviço liderado pelo lendário Dr. Henry Dejour), Hervé Chavanne, Thierry Gaillard e Jean-Claude Panisset, por seu imenso carinho e atenção ao nos receber!!! Seus ensinamentos nos acompanharão pelo resto de nossas vidas!!!
Estimularemos que muitos outros, assim como nós, tenham a imensa honra de também usufruir de tal experiência, seja participando de Eventos por nós realizados no Brasil... ou vindo à França!!!

MERCI BEAUCOUP!!!! VIVE LA FRANCE!!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Próteses de joelho e a navegação. Um novo horizonte!!!

 Guias posicionados e com componentes independentes para cada parâmetro de corte. Note as cores diferentes.

 Notem os pontos luminosos. São os terminais por bluetooth, que transmitem os dados.

 Imagem lateral e aspecto real no computador.

 Parâmetros determinados.

 Visão lateral.

 Cortes realizados e prontos para conferência final.

 Controle de cortes, a partir de dados determinados no pré-operatório.

 Implante posicionado e cimentado.

Conferência final dos parâmetros.

Já debatemos amplamente aqui as indicações e benefícios das artroplastias (próteses) totais de joelho.
Somos todos sabedores da imensa melhora de sobrevida que beneficiamos aos pacientes portadores de artrose grave degenerativa dos joelhos.
Também é mundialmente conhecida e divulgada a evolução vivida pela técnica e instrumental cirúrgico, utilizados nesse procedimento, devido em grande parte aos esforços conjuntos entre escolas americana e francesa.
Como a maioria dos ortopedistas brasileiros especializados em cirurgias do joelho (incluindo meus dois mentores... Dr. Edílson Thiele e Dr. Rogério Fuchs), temos como base da formação a escola francesa, e é nela que nos referendamos para atualizar conhecimentos.

Navegação

Pensando numa otimização de resultados, com cortes ósseos mais precisos e excelente implantação da prótese, pesquisadores idealizaram um equipamento computadorizado que permitiria isso tudo em tempo real, per-operatório, a dita navegação.
O começo, como em diversos outros experimentos, foi de muitos erros e sucessivas correções, com equipamentos que foram se aprimorando até atingir um nível ótimo de funcionalidade, como o que hoje nos é apresentado pela fábrica francesa Amplitude.
Confesso ter sido seduzido pelas vantagens do atual equipamento e, por isso, me desloco até Lyon-França para ver os reais idealizadores em ação. Olhar uma radiografia pós-operatória e evidenciar a precisão no implante é realmente significativo.
Acredito que no meu regresso trarei ainda mais informações a vocês, podendo defender com mais veemência aquilo que hoje já me parece uma das maiores inovações da ortopedia nos últimos anos.
É só aguardar!!!

VI Jornada de Saúde da Amazônia Ocidental - UFAM 100 anos





Foi com muito orgulho que recebi o convite, por parte da Comissão Organizadora, para participar como palestrante na VI Jornada de Saúde da Amazônia Ocidental, com o tema  "Fraturas expostas - Conceitos atuais."
O que nos causou maior espanto foi o grande interesse demonstrado por alunos, residentes, demais docentes da UFAM e UEA, dentre outros, que lotaram as dependências do Auditório principal na Escola de Enfermagem.
Assim como eu, constituíram a mesa os Doutores Alfredo Valois (especialista em ombro e cotovelo), Júlio Mário de Melo e Lima (Mestre em Ortopedia e Traumatologia), Paulo Daw Wen Su (Ortopedia Pediátrica), José Viana de Souza (Mestre em Ortopedia Pediátrica), além de Marlon Carneiro e Marcelo Loquette (especialistas em coluna vertebral).
A mesa redonda moderna estendeu-se por 2 horas, com diversos assuntos debatidos e contou com a participativa atitude de uma platéia ávida por esclarecimentos.
A única ressalva fica por conta da ausência do tema relativo às PATOLOGIAS DO ESPORTE, hoje cada vez mais frequentes, resultante da maior prática de esportes e consequente maior exposição. Com certeza tornaria a discussão ainda mais interessante e atual.
Aguardemos pelo convite no próximo ano. O importante é termos saído das discussões com o sentimento de missão cumprida!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Eleições para SBOT Nacional

Como membro da nova Diretoria da SBOT Regional no Estado do Amazonas, gostaria de me valer desse espaço para emitir uma opinião a cerca de tudo que vem sendo veiculado seja nos meios de comunicação, site próprio ou "e-mails" a nós enviados.
Uma Eleição com tal grandeza, que escolherá os representantes de uma das maiores Sociedades organizadas que esse País já viu, não pode ser inundada com denúncias incoerentes e improcedentes... as ditas "informações plantadas".
Já não há mais espaço para a falta de propostas!
Cabe a cada uma das Chapas o bom senso de conduzir com ética e sabedoria suas campanhas, tentando convencer a nós, eleitores, de que são eles a melhor opção. Acusar colegas de ações que não se pode provar e/ou atacar suas famílias me parece coisa induzida por "marketeiros de campanha",o que já não funciona nem em Eleições de massa.
Somos um eleitorado inteligente, com excelente formação, e não nos deixaremos influenciar por tais absurdos, ou melhor, deixaremos sim... abominando aqueles que usam de tal artifício.
Fica a dica!!!

Dr. Rafael Benoliel
1o. Secretário da SBOT Regional Amazonas

Eleições da SBOT Regional no Amazonas

Queridos amigos ortopedistas de todo Brasil, é com muito orgulho que informo termos saído vencedores da disputa pela Diretoria Regional da SBOT no Estado do Amazonas.
Teria muitos pontos de destaque a informar-lhes, porém o maior deles talvez tenha sido a tendência nacional da disputa igualitária e democrática, entre Chapas concorrentes (não se entenda inimigas...).
Foi muito bonito ter participado de tal processo de Eleição, mesmo com algumas ressalvas em relação à lisura da Comissão Eleitoral, aparentemente tendenciosa a um dos concorrentes. Procurarei não entrar nesse mérito.
A verdade é que seguindo a tendência nacional pelo fim das "eleições por aclamação"... abrindo à comunidade a chance de escolha, após rigorosa análise do passado e presente dos candidatos, seus reais propósitos e sua capacidade de expansão com responsabilidade.
Vimos uma Eleição com 2 chapas concorrentes, ambas formadas por excelentes e ativos médicos ortopedistas, visando o único objetivo de mostrar ao Brasil que nossa Regional, após longos anos de estase, vai se fazer presente em todas as futuras discussões... de forma determinante, correta e inteligente.
Outro ponto importante foi a presença de aproximadamente 70% dos Sócios regularizados, demonstrando a importância da existência de uma disputa saudável. Muitos até correram para se regularizar momentos antes do pleito, visando o direito a voto.
Parabéns à Chapa 1 por sua postura e por ter sido um adversário à altura! Parabéns à Chapa 2 por ter conseguido em tão pouco tempo (2 semanas) "tirar do papel" suas idéias e com isso convencer aos demais associados que tinha as mais coerentes e exequíveis idéias.
Só quem sai fortalecido dessa disputa é o nosso estandarte... intitulado SBOT, uma das mais fortes Sociedades que esse País já viu!
Agora é "arregassar as mangas" e partir para o trabalho... e isso sabemos fazer muito bem!!!

Chapa 2: Dr. Francisco Matheus; Dr. Paulo Su; Dr. Rafael Benoliel; Dr. Gamaniel Júnior; Dr. Maurício Pereira; e Dr. Carlos Meireles.

quarta-feira, 30 de março de 2011

NOVO CONSULTÓRIO!!!

Após muitas negociações e avaliações, decidimos por investir numa verdadeira " fusão de gerações ", resultante da união entre eu, Dr. Rafael Jacob Benoliel, e Dr. Joaquim Higino Marques, meu Mestre e mentor durante minha formação acadêmica na Universidade Federal do Amazonas - UFAM.
A partir da próxima terça-feira, dia 05.04.2011, ofereceremos aos clientes de nossa cidade o mais novo Centro de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento em Medicina Esportiva e Patologias do joelho.
Esse atendimento único será realizado no Shopping Millenium, 5o. andar, salas 501 e 502.
As consultas já podem ser agendadas pelo número 36593010.
A outra boa notícia aos pacientes é que atenderemos normalmente a UNIMED, porém ressaltando que este será o único Plano de Saúde a que prestaremos serviços.
Desde já nos colocamos a inteira disposição de todos para artroscopias do joelho, reconstruções ligamentares, próteses de joelho, e muito mais!!!
Aguardamos a todos com o melhor atendimento da cidade!!!

sexta-feira, 18 de março de 2011

MÉDICO GENÉRICO - Um caso a se pensar!!!

Tive que trazer a vcs o conteúdo de um SENSACIONAL e-mail que recebi de um colega!!! Leiam e tomem suas conclusões!!!



Olá D. Gertrudes! Sente-se, por favor.

- O Senhor viu, doutor? O Conselho Federal de Medicina disse que os
médicos não podem mais determinar a marca das próteses que implantam, só
as especificações.

- Vi, sim, D. Gertrudes. Devemos dizer o modelo, o material de que é
feita, as características técnicas, mas não podemos sugerir uma marca.

- Até que enfim, não é, doutor... Ouvi dizer que havia médicos recebendo
dinheiro, por fora, dos fabricantes, para indicar uma marca de prótese.
Que absurdo!

- É, D. Gertrudes, os médicos não devem fazer isso, não é?

- É, não devem. Ninguém deve fazer isso...

- Bem, aí é mais difícil afirmar, D. Gertrudes. Mecânicos de automóveis
obtém lucro nas peças que trocam, arquitetos têm percentagem sobre os
acabamentos que indicam, gerentes de banco têm porcentagem sobre o seguro
que vendem, maitres de restaurantes têm dez por cento sobre os vinhos que
recomendam, vendedores de todos os ramos têm comissão sobre o que sugerem
que compremos. Na verdade, a maioria das pessoas que lhe sugerem algo,
neste mundo, está ganhando alguma coisa. Mas os médicos, definitivamente
não devem fazer isso.

- Por que será que alguns fazem?

- Não sei... Mas posso imaginar. Talvez tenham se cansado de ver os planos
de saúde pagando 20.000 reais por uma prótese, e só 400 para o médico que
a implanta.

- Mas isso não justifica, doutor. Afinal, os fabricantes de prótese são
empresários, e os médicos são profissionais dedicados exclusivamente à
saúde de seus pacientes.

- É, não justifica, D. Gertrudes. De fato, não. Mas é preciso separar as
coisas: uma coisa é indicar uma marca porque ela paga percentagem, outra é
o médico indicar porque acha que aquela marca é a melhor para seu
paciente, sem receber nada por isso.

- Sabe, doutor, eu sempre detestei esse negócio de marca. É pagar por uma
etiqueta...

- Bem, D. Gertrudes, marcas existem desde os primórdios da humanidade.
Desde o primeiro ser humano que comprou ovos numa feira, existiu o fator
confiança no vendedor. Marcas são, basicamente, uma relação de confiança.
Escolhemos marcas em eletrodomésticos, em automóveis, em empresas de
telefonia, em roupas, em quase tudo. Porque a marca pressupõe uma
história, e serve como um indício de que aquilo que estamos comprando foi
feito por alguém, ou por uma empresa, que construiu seu nome ao longo de
muito tempo, com bons serviços prestados. Claro que isso não é absoluto,
pode-se comprar uma porcaria de uma marca conhecida, mas isso faz
deteriorar a marca com o tempo. De qualquer forma, o conceito de marca
está presente nas relações comerciais desde que a civilização começou.

- Pois eu não uso esse conceito. Quando vou à feira, escolho as bananas
que me parecem melhores. Se não estiverem boas, na próxima vez compro de
outro. Não me interessa a marca.

- Claro que sim. Mas a senhora compra bananas todas as semanas, e consegue
distinguí-las pelo aspecto. Entretanto, só comprará uma prótese
implantável uma ou poucas vezes na vida. Como vai ter experiência para
distinguí-las, ainda mais considerando que não entende nada disso?

- Vou confiar no meu médico. Ele deve implantar essas próteses com
frequência, e deve saber qual é a melhor...

- Sim. Mas ele também usa a marca como guia para essa escolha. Afinal, ele
trabalha com coisas que não podem falhar. Ninguém salta de paraquedas sem
saber quem o fabricou, quem dobrou, não é? O paraquedas pode estar lindo e
branquinho, mas é bom saber quantos, daquela mesma marca, já deixaram de
abrir alguma vez.

- É, doutor. Mas, assim mesmo, acho que os médicos deveriam esquecer para
sempre esse negócio de marcas. Deveriam se ater às características básicas
do produto, dados técnicos apenas.

- Isso nunca vai ser possível, D. Gertrudes.

- Por quê?

- Porque o médico, em si, também é uma marca.

- Como assim?

- Quando a senhora precisa escolher um médico, se informa sobre ele.
Procura saber de pessoas que já tenham sido tratadas por ele, pergunta a
outros médicos sobre a reputação profissional, investiga sobre a
experiência pregressa que ele tem no assunto, etc. O próprio nome do
médico é, em última análise, uma marca.

- Isso é verdade. Mas, doutor, nós sempre poderemos escolher os nossos
médicos, não é?

- Não. Do jeito que as coisas vão, a senhora deverá, em breve, especificar
apenas os dados técnicos do médico que quer. Por exemplo: oftalmologista,
que tenha consultório na zona sul, que atenda no período da manhã, que não
atrase mais que 20 minutos e com mais de 5 anos de prática. O plano de
saúde é quem dirá o nome do médico a quem a senhora deve confiar sua
saúde. O nome não pode ser escolhido, porque é, em última instância, uma
escolha de marca.

- Nossa, eu não gosto disso!

- Vá se acostumando. Será a época do médico genérico


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Planos de Saúde - A realidade.

Resolvi usar esse nosso espaço para esclarecer a alguns pacientes e amigos o porque de não atender mais nenhum Plano de Saúde no consultório... repito: NENHUM (ressalvo para esclarecer que não é só Unimed, como alguns podem pensar)!!!
A verdade é que o médico, quando bem formado, tendo como base Centros de Referência, usou em média 15 anos de sua vida para se dedicar exclusivamente a isso e, portanto, dar ao paciente a segurança de um vasto conhecimento para a determinação de condutas e ratificação de tratamentos. Acredito que uma vez paciente, é isso que você exige do profissional médico quando procura por atendimento e auxílio na resolução de sua patologia.
Então, após um longo período de estudos, com noites sem dormir, acompanhando Professores em plantões, horas intermináveis em laboratórios, participação em Projetos de Pesquisa Científica, investimento próprio em formação (Mestrado, Doutorado...), participação em Congressos pelo mundo... não devemos e não podemos ser reféns de Planos que, como Empresas que são, visam seu lucro pessoal. Não precisa ser muito inteligente para saber que esse lucro, na maioria dos casos, é obtido com a desvalorização do trabalho médico. Para que seja dado um exemplo claro, pense que um médico recebe do Plano, em média, 10% do que receberia em uma consulta particular. Em relação a cirurgia, imagine que esse valor chega a ser menor ainda.
O pior é entender que outras empresas ligadas direta ou indiretamente a ação do médico, como fornecedores de material de síntese (usados nas cirurgias), clínicas de radiologia (radiografias, RNM...) ou laboratórios de análise clínica (exames de sangue, urina...) vivem quase que exclusivamente do fundo gerado pela prestação de serviços aos Planos, cobrando valores exorbitantes para simplesmente "realizar exames". E esses são devidamente pagos pelos administradores desse mesmo Plano, que subvalorizam o trabalho médico.
Portanto, pense bem quando achar que seu médico cobra um valor alto pela consulta particular!!! Ele não usa máquinas para pensar por ele... seu computador é o cérebro... e os programas são seus conhecimentos adquiridos, ao longo de anos e anos de duro estudo e dedicação!!!
Lembrem que devolver a funcionalidade plena de um membro (perna, braço, joelho...) ou salvar uma vida... NÃO TEM PREÇO!!!

A verdade sobre o uso do PRP!!!

Foto 1: Centrífuga ou acelerador. Note o frasco com o preparado.



Foto 2: Aspiração do plasma com as plaquetas.

Antes de começarmos a dissertar sobre o tema, cabe uma conceituação rápida e objetiva da abreviação PRP, que significa Plasma Rico em Plaquetas.


1. Plasma - após a centrifugação do sangue, as células vermelhas (hemáceas) se depositam no fundo do recipiente, enquanto as brancas, plaquetas e o plasma flutuam. Dessa última porção, resulta o preparado que é a base do processo;


2. Plaquetas - células sanguíneas ligadas ao processo de coagulação e que possuem, em seu interior, grânulos ricos em fatores de crescimento;


3. Fatores de crescimento - mediadores da aceleração do processo de cicatrização dos diversos tecidos.


Então, o que se promete com o PRP seria a aceleração do processo de reparação tecidual, com indicação ainda muito restrito e passível de estudos clínicos mais significantes.

Hoje discutimos no mundo inteiro, nas mais diversas áreas da Medicina (Esportiva, plástica, dermatológica-estética...), os princípios para sua indicação, e o que concluímos é que sua ação comprovada existe apenas no tratamento de lesões tendíneas crônicas e musculares.

Hoje há uma indicação indiscriminada, provavelmente por desconhecimento teórico, difundida pelo mundo. Aqui no Brasil já tivemos até apresentação em um programa esportivo na TV, falando de indicações múltiplas e comprovadas, o que ainda foge um pouco da verdade científica.

Trabalhos vêm sendo realizados nos mais diversos centros e em pouco tempo teremos a certeza ao afirmar a ampliação do uso para demais patologias. Hoje, só temos a comprovação da utilização que mencionamos anteriormente.

O processo é caro e demanda um largo conhecimento, com experiência comprovada e adquirida em Centro conhecido e habilitado para tal.


Resumindo: indicado para processos lesionais crônicos em tendões, além das lesões musculares.O uso em fraturas, enxertos ligamentares (como nas reconstruções do joelho) ou demais ainda necessitam de melhor estudo e, com isso, afirmação científica.